Numa sociedade consumista como a nossa, é difícil encontrar coisas que não estejam à venda ou que não sejam pagas. Mas o sol, quando nasce, é para todos e continua a ser gratuito, como gratuitos são os sonhos.
Quantas vezes pensou "ai o que eu não faria se me saísse o Euromilhões"? Provavelmente, no topo da sua lista estaria pagar as dívidas, ajudar membros da família ou amigos e viajar. Mas o dinheiro, por maior que seja o prémio, não dura para sempre e se há coisa em que somos peritos é a gastar dinheiro. Torramos euros como quem queima lenha para uma fogueira e quando damos por ela já se foi tudo, ou como diz o povo "foram-se os anéis e ficaram os dedos".
Não sou diferente das outras pessoas e, por isso, se me saisse o Euromilhões queria fazer aquelas coisas todas e muito mais. É claro que para poder fazer o "muito mais" o prémio tinha de ser assim uma coisa de jeito, é que 15 milhões de euros não é nada para realizar todos os meus sonhos.
Gosto muito de não fazer nada, mas seria incapaz de não fazer nada a vida toda, sou demasiado activa para isso e tenho demasiados sonhos. Talvez por isso concorri à Acredita Portugal, uma organização sem fins lucrativos "focada no desenvolvimento e promoção do empreendedorismo nacional" que tem como visão "permitir que qualquer português tenha uma verdadeira oportunidade para perseguir o seu sonho empreendedor".
E sonhos empreendedores é coisa que não me falta. Lembram-se de me ter queixado da intensa actividade cerebral da minha massa cinzenta às 5h da manhã neste post? Se calhar, essa intensa actividade cerebral pode dar frutos, é que além da ideia que já tinha candidatado à Acredita Portugal - e que passou a primeira fase eliminatória - a causa da minha insónia matinal foi agora adicionada à minha lista de ideias na plataforma. E até dia 1 de Fevereiro posso acrescentar outras ideias luminosas que me surjam entretanto - ou as que tenho no meu caderninho de ideias e que nunca sairam do papel, mas que podem agora ver a luz do dia.
Depois do sucesso que o Shark Tank teve e que levou à criação do programa em versão portuguesa - e cuja estreia se aguarda ansiosamente e teve bastantes candidatos -, os portugueses parecem cada vez mais alerta para as possibilidades que existem para a concretização de sonhos, nas mais variadas áreas, desde incubadoras de startups a programas estatais e privados de promoção ao empreendedorismo, como este.
A ver vamos onde isto vai dar, mas o mais importante é não guardar os seus sonhos no fundo da gaveta, ter a coragem de partilhar o sue sonho com outros e lutar por ele. Se não resultar, aprenderá com os erros cometidos e da próxima correrá melhor. Se resultar, pode significar a diferença entre acordar de manhã para fazer algo que detesta ou se calhar até gosta mas que não o satisfaz e fazer aquilo que nasceu para fazer, cumprir o seu destino, a sua missão. Arrisque, o não está sempre garantido e o sim pode trazer todo um novo mundo de possibilidades. O céu é o limite.
Alguma vez participou num programa destes? O que acha deste tipo de iniciativas?
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