Pois é, em Dezembro não recebi salário, fruto das diferenças irreconciliáveis com o patronato, apesar de ter trabalhado, o que significa que vou ter de me chatear legalmente e que entrei no novo ano quase sem dinheiro. Depois de ter feito compras para repor o stock de comida em casa - que tiveram de ser pagas com o cartão de crédito - e de ter usado o pouco dinheiro que poupei no mês passado para pagar contas, restam 143€ na conta, para todo o mês.
A vantagem de ter reposto o stock de comida é que não vou precisar de fazer mais compras este mês para isso, a não ser alguns vegetais que precise, mas não se avizinha essa necessidade. Isso significa que a ementa semanal vai entrar em acção já este fim-de-semana para preparar as refeições da semana.
Apesar de a minha principal fonte de rendimento ter entrado em coma irreversível, a verdade é que vou ter trabalho fixo durante os próximos três meses, pelo menos. Vantagens de ser uma boa profissional e de trabalhar com mais do que uma empresa. Mas os valores são diferentes e os custos também, uma vez que, oito anos depois, vou voltar a ter hora de entrada e de saída e um local físico de trabalho que não a minha sala de estar, o que implica gastos com transportes e alimentação - e viva a marmita!
Tendo em conta que faltam 29 dias para o mês acabar e só tenho 143€ na conta, vou começar o ano a controlar mais os gastos do que uma virgem é controlada numa festa da paróquia. Em Novembro partilhei convosco aqui o quanto tenho encontrado truques e dicas interessantes no Pinterest sobre as mais variadas temáticas, sendo uma delas a da poupança. Um dos textos que li era de uma senhora que contava que o patrão tinha um problema: não conseguia evitar gastar dinheiro - problema bastante familiar aos patrões e políticos portugueses, que não conseguem evitar gastar o dinheiro... dos outros, que é como quem diz, o nosso. Adiante.
Nesse relato, a senhora explicava que a solução encontrada pelo seu patrão para se obrigar a controlar as despesas foi definir um valor semanal máximo para gastos, incluindo refeições, e quando o dinheiro acabava, acabavam-se os gastos porque, como diz o povo, "quem não tem dinheiro não tem vícios" - é claro que este ditado é anterior aos cartões de crédito. Continuando. O senhor decidiu que gastaria apenas 20 dólares por semana e era só esse dinheiro que ele tinha na carteira à segunda-feira. É claro que no início ele gastava o dinheiro rapidamente e acabava por ficar dias sem poder comprar nada mas, com o tempo, foi-se habituando a fazê-lo esticar de modo a durar a semana toda.
Uma vez que a minha conta apresenta um saldo tão lato, decidi adoptar a mesma política do senhor e no domingo - que é quando a semana começa - sairei de casa com apenas 10€ na carteira. Esses 10€ vão ter de durar a semana toda e, se possível, sobrar! Uma vez que já tenho passe para ir trabalhar e vou carregada com um farnel de comida que dá para alimentar um batalhão do exército, acho que vou conseguir fazer a nota esticar, mas depois conto como correu e onde gastei o dinheiro. Passar mais horas fora de casa vai significar também, obrigatoriamente, menos gastos com água e luz, pelo que aí espero também conseguir poupar uns euros.
Que truques usa para fazer esticar o seu dinheiro? Partilhe as suas dicas e ajude-me a encontrar mais soluções de poupança.
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