Esta é a pergunta que, se calhar, alguns de vocês estão a fazer. Resposta: depende.
Para mim, não é só mais um blogue generalista, é uma forma de me auto-motivar - o que nem sempre é fácil e nem todos os amigos entendem e apoiam algumas das ideias "malucas" que surgem; de me controlar - porque descarrilar é tão fácil; de partilhar alegrias e tristezas ao longo deste percurso, que não será fácil; e de poder fazer um balanço no final do processo e perceber o que consegui e onde falhei. Para vocês, pode ser uma fonte de informação ou de inspiração para mudar de vida ou para mudar apenas alguns hábitos que vão minando o nosso bem-estar sem sequer nos apercebermos.
Mas comecemos pelo início: sou profissional liberal, escrevo para viver e há quase dez anos que escrevo para a mesma empresa. Ao longo deste tempo, já ganhei bastante dinheiro, mas nos últimos anos as condições de trabalho degradaram-se grandemente. Isso não me impediu de continuar a fazer o mesmo tipo de vida que fazia, porque para quem, como eu, trabalha em casa e não vê pessoas o dia todo, é muito fácil dar em doida se não tivermos alguns "pequenos grandes" escapes: os meus são as viagens! Adoro viajar e não resisto a fazê-lo sempre que posso, mesmo que isso signifique recorrer ao cartão de crédito (erro número um, eu sei). Também adoro comer e, apesar de não ir a restaurantes "finos e chiques", não me importo de pagar mais se isso significa que saio do restaurante satisfeita em vez de a pensar "que belo barrete!".
Infelizmente, a vida dá muitas voltas e tão depressa estamos em cima, como estamos em baixo e as perspectivas profissionais, neste momento, afiguram-se negras, muito negras. Dizem que vivemos em ciclos de sete anos, são sete anos em que a nossa vida vai melhorando até atingir um pico e depois entra em fase decrescente, até bater no fundo e voltar a subir. Confesso que ainda não percebi em que fase estou, sei que começou a piorar há bastante tempo, mas será que já bati no fundo?
Economicamente, as coisas podem ser sempre piores: se somarmos à conta negativa, aos cartões de crédito para liquidar e à segurança social em atraso, atrasos no pagamento das contas correntes e da prestação da casa, o que, a médio e prazo, pode levar a penhoras e execuções de dívida que culminam com o inevitável despejo. Isso seria, garantidamente, bater no fundo do poço, no centro da terra.
Como não quero que chegue a esse ponto e sou uma pessoa bastante desenrascada, enquanto as coisas não pioram, vou começar a dar a volta, hoje. Este blogue é a primeira pedra nesta nova vida, mais frugal, que começa hoje. Sejam bem-vindos à minha luta.
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