Há quase duas semanas contei-vos que recebi em casa uma carta do meu fornecedor de televisão a oferecer-me 60€ em videoclube, o que dá 14 filmes. Tendo em conta que já pedi o cancelamento dos serviços, tenho de ver os ditos filmes até o serviço ser desligado no final deste mês e por isso iniciei uma maratona cinematográfica ao fim-de-semana, descurando as minhas séries favoritas em prol de Hollywood.
Numa dessas maratonas cinematográficas, este sábado, vi um filme que confesso me deixou a pensar. É um filme indie - que não me lembro de ter passado nos cinemas, ou talvez tenha passado e eu andasse distraída - com a Robin Wright e a Naomi Watts, chama-se "Paixões proibidas" ou "Adore", no original e conta a história de duas amigas de infância, melhores amigas, que se apaixonam pelo filho uma da outra.
No fundo, é um filme que mostra o complexo de Édipo consumado na figura maternal que não é a mãe, já que a melhor amiga da mãe é como que uma segunda mãe para aqueles jovens. Confesso que há muito tempo que um filme não me dava vontade de o ver novamente quando chegou ao fim e não sei explicar porquê. Há algo naquelas histórias de amor que é perturbador, creio que não pelo tema em si mas pelo sofrimento das personagens e por plasmar uma verdade nua e crua: não amamos quem queremos, amamos quem amamos e quanto a isso nada podemos fazer.
Confesso que não consigo explicar porque razão este filme acabou por me marcar, mas marcou. Não é digno de um Óscar, não tem interpretações brilhantes, não sou fã da Naomi Watts, os "filhos" são jovens actores desconhecidos ou quase - o actor que desempenha o papel de filho da Naomi Watts e que se envolve com a Robin Wright, o australiano Xavier Samuels, entrou no Eclipse da saga Twilight com um papel de algum destaque mas não me lembrava dele - e a história não é nova ou brilhante, mas é interessante e perturbadora.
Se não tiver nada melhor para fazer este fim-de-semana, aconselho vivamente este filme. Talvez algum leitor consiga explicar onde está o apelo do filme.
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