terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Filmes que nos marcam

Alguma vez pensou porque razão uns filmes nos dizem mais do que outros? Será pelo argumento, pela banda sonora, pela fotografia, pelo realizador, pelos actores ou não será nada disso?


Há quase duas semanas contei-vos que recebi em casa uma carta do meu fornecedor de televisão a oferecer-me 60€ em videoclube, o que dá 14 filmes. Tendo em conta que já pedi o cancelamento dos serviços, tenho de ver os ditos filmes até o serviço ser desligado no final deste mês e por isso iniciei uma maratona cinematográfica ao fim-de-semana, descurando as minhas séries favoritas em prol de Hollywood.

Numa dessas maratonas cinematográficas, este sábado, vi um filme que confesso me deixou a pensar. É um filme indie - que não me lembro de ter passado nos cinemas, ou talvez tenha passado e eu andasse distraída - com a Robin Wright e a Naomi Watts, chama-se "Paixões proibidas" ou "Adore", no original e conta a história de duas amigas de infância, melhores amigas, que se apaixonam pelo filho uma da outra. 

No fundo, é um filme que mostra o complexo de Édipo consumado na figura maternal que não é a mãe, já que a melhor amiga da mãe é como que uma segunda mãe para aqueles jovens. Confesso que há muito tempo que um filme não me dava vontade de o ver novamente quando chegou ao fim e não sei explicar porquê. Há algo naquelas histórias de amor que é perturbador, creio que não pelo tema em si mas pelo sofrimento das personagens e por plasmar uma verdade nua e crua: não amamos quem queremos, amamos quem amamos e quanto a isso nada podemos fazer. 

Confesso que não consigo explicar porque razão este filme acabou por me marcar, mas marcou. Não é digno de um Óscar, não tem interpretações brilhantes, não sou fã da Naomi Watts, os "filhos" são jovens actores desconhecidos ou quase - o actor que desempenha o papel de filho da Naomi Watts e que se envolve com a Robin Wright, o australiano Xavier Samuels, entrou no Eclipse da saga Twilight com um papel de algum destaque mas não me lembrava dele - e a história não é nova ou brilhante, mas é interessante e perturbadora. 



Se não tiver nada melhor para fazer este fim-de-semana, aconselho vivamente este filme. Talvez algum leitor consiga explicar onde está o apelo do filme.

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