Dizem que devemos ter cuidado com aquilo que dizemos porque nunca sabemos quando os nossos pedidos são atendidos.
Há uma música dos Daughtry, que se chama Home, que diz, a determinada altura: "Be careful what you wish for, 'cause you just might get it all, and then some you don't want". Este fim-de-semana uma amiga dava-me na cabeça precisamente por causa da forma como verbalizamos as dificuldades que enfrentamos e aquilo que queremos e fiquei a pensar no assunto.
Os livros de auto-ajuda explicam que é importante sermos positivos e falarmos de forma positiva. É a velha máxima de "o negativo atrai o negativo" à semelhança de "dinheiro atrai dinheiro". As religiões dizem que devemos pedir a Deus - seja qual for o Deus que profece - aquilo que queremos através da oração, os programas de neurolinguística (PNL) falam da importância daquilo que "dizemos" ao mundo, todos os entendidos na matéria dizem que temos de ser e falar de forma positiva, mas é tão mais fácil dizer do que fazer.
Considero-me uma pessoa inteligente e, apesar de saber tudo isto, continua a ser mais forte do que eu falar e pensar nas adversidades, em vez de as transformar em oportunidades. Não sei se é o fado português, mas acho que fomos educados mais para nos lamentarmos do que para fazer alguma coisa efectivamente para mudar o estado das coisas.
Há uns anos, numa formação dizia a responsável pelo workshop de imagem que devemos vestir-nos para o emprego que queremos ter, não para aquele que temos. Que esta é uma forma de atrairmos a mudança á nossa vida, e que se continuarmos a querer ser directores de uma multinacional mas nos continuarmos a vestir como o moço de recados, nunca vamos a lado nenhum.
Confesso que isto sempre me fez muita confusão porque na minha profissão só em determinados círculos é que o estilo de roupa é diferente, de resto, vestimo-nos todos de forma normal, não andamos de fato e gravata nem de tailleur. Mas o importante aqui tem a ver com uma questão mental: se acreditamos que podemos, vamos conseguir.
No livro que acabei de ler, em um dos capítulos, o autor fala de um homem que todos os dias visualizava o sítio onde queria estar, desenhando quadros mentais e passando-os para o papel. Anos mais tarde, ao mexer em alguns desses quadros descobriu que estava a viver na casa que tinha idealizado. O seu sonho tinha-se realizado.
De acordo com o Instituto Internacional de Programação Neurolinguística, "a partir do estudo da estrutura da mente, do pensamento e da linguagem verbal e não verbal, a Programação Neurolinguística desenvolve conceitos e técnicas no sentido de reprogramar estratégias mentais inconscientes. Noutras palavras, a PNL consiste numa prática baseada na observação e análise de como nós mesmos e cada pessoa organiza os seus pensamentos, as suas emoções, a sua fisiologia, a sua linguagem e o seu comportamento, criando estratégias inconscientes, que produzem os resultados que temos, positivos ou negativos".
No site do InPNL pode ler-se ainda que "a primeira e mais importante técnica da PNL é auto-generativa, ou seja, é a mãe de todas as outras técnicas: a Modelagem da excelência humana", a qual assenta nas premissas de "perceber como pessoas geniais em algum contexto organizam o seu mapa mental, emocional e físico (quase sempre de forma inconsciente), para terem a performance de excelência; codificar esse procedimento de forma a outras pessoas poderem aprender e produzir resultados próximos, idênticos ou melhores".
Não estudei PNL, nunca fiz nenhum curso, talvez por isso continue a não prestar atenção naquilo que digo nem em como digo, mas se calhar é uma boa altura para começar a pensar nisso.
Já fez algum curso de PNL? Pensa na mensagem que passa sempre que fala?
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