quarta-feira, 4 de março de 2015

Poupar nas férias #6 - atracções turísticas

Tanta coisa para ver e tão pouco tempo...

 
Quando viajamos e optamos por férias com uma vertente mais cultural, podemos sofrer de síndrome de falta de tempo para ver tudo aquilo que gostaríamos de ver, pelo que é importante fazer uma selecção criteriosa dos locais a visitar.
 
Em viagens com grupos de amigos o tempo deixa de ser nosso enquanto indivíduos e passa a ser nosso enquanto grupo e é preciso chegar a um consenso sobre os locais a visitar e quais evitar. O tempo de espera em filas, a distância a que estamos do dito local e o preço de entrada podem ser determinantes para decidirmos deixar de ir a este ou àquele monumento. Não quer isto dizer que não haja oportunidade de cada um fazer o seu próprio roteiro quando viajamos com outras pessoas, mas isso só é viável quando ficamos no mesmo local por um dia ou dois.
 
Quando estive em Munique, por exemplo, os rapazes do meu grupo quiseram ir ver o museu da BMW. Como às raparigas era algo que não interessava minimamente, eles foram à vida deles e nós fomos passear pela cidade e tentar visitar alguns palácios. Digo tentar porque nessa viagem conseguimos o condão de chegar a quase todos os palácios entre 5 a 15 minutos depois da sua hora de fecho. Também em Atenas optámos por sentarmo-nos na esplanada de um café na mais movimentada zona da cidade em vez de ir ver o estádio olímpico, programa escolhido pelos rapazes, mais uma vez. Já em Santorini, parte do grupo voltou a Oía, para tentar ver o pôr-do-sol sem nuvens enquanto a outra parte preferiu dirigir-se à zona de praias no sul da ilha.
 
Mas quando o tempo em cada cidade é curto, é impensável dividirmo-nos e ir cada um para seu lado, pelo que é importante chegarmos a um acordo sobre onde ir. Felizmente, somos um grupo fácil de gerir: um manda, os outros vão atrás e está resolvido! :) A bem da harmonia e de umas férias descansadas, sabemos que mais vale fazermos assim do que andar cada um a puxar para seu lado. Como temos gostos muito semelhantes, acabamos por concordar (quase) sempre nos locais a visitar.
 
E já chegámos a andar para trás vários quilómetros e a fazer desvios para ir ver castelos ou outros locais que ficam nos confins do mundo. As vantagens de alugarmos carro e sermos nós a decidir, em vez de irmos em carneirada num autocarro lotado e barulhento - não que nós não façamos barulho, mas essa é outra história!
 
Se visitamos palácios, castelos, museus e afins, nunca escolhemos mais do que um ou dois, dependendo do tempo que vamos passar na respectiva cidade. E como somos um grupo grande, só compramos os bilhetes à entrada, a ver se conseguimos preços mais em conta. Até hoje, temos tido sorte e nunca passámos horas intermináveis em filas, nem o faríamos.
 
Quando viajamos sozinhos, a coisa é diferente porque podemos ver as coisas ao nosso próprio ritmo. Lembro-me que a primeira vez que estive em Nova Iorque em cinco dias vi tudo o que queria ver, incluíndo museus e Empire State Building. Passei um dia inteiro no Metropolitan Museu of Art, fiz visita de médico mas vi tudo. no MoMa passei meio dia e vi tudo, também.
 
E quando estive em Madrid, com uma amiga, vimos o Museu do Prado em cerca de uma hora. Impossível? Não é. Simplesmente concentrámo-nos nas peças que o museu destacava como sendo as mais importantes e fomos directamente às salas onde estavam expostas. Foi quase como um peddy paper em que vamos "queimando" lugares de passagem obrigatória.
 
Tanto da primeira vez em que estive em Nova Iorque como agora, não fui à Estátua da Liberdade nem à Ellis Island. Da primeira vez porque achei caro e as filas eram intermináveis, iria levar um dia inteiro e achei que não se justificava. Desta vez porque tive de fazer opções e havia outros sítios onde queria ir. Em ambas as ocasiões fiz o passeio no ferry até Staten Island, que passa ao largo da Estátua e é gratuito. Mas enquanto o ferry em 2006 era aberto, o deste ano já era todo fechado e não teve tanta piada, mas ao menos estava menos frio.
 
Em Itália, por outro lado, as filas são tão grandes para tudo que acho que se tivesse ido sozinha só teria entrado em dois ou três locais, porque não teria tempo para entrar em mais lado nenhum. Aqui, compensa grandemente comprar os bilhetes com antecedência pela internet, para pelo menos evitar uma das filas: a das bilheteiras.
 
Seja qual for a forma como viaja, quando se trata do que visitar, use sempre o bom senso e não tente ir a todo o lado. Vai ficar stressado/a e frustrado/a por não conseguir ver tudo o que queria. Faça opções, organize-se e desfrute das suas férias.
 
Quando viaja, como costuma organizar-se para ver todos os locais turísticos que pretende?  

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