Quantas vezes já lhe perguntaram "o que quer da vida"? Lembra-se do que respondeu? Está perto ou longe de alcançar aquilo com que sempre sonhou?
Ter uma actividade que implica passar o dia a fazer pesquisas na internet leva-me a encontrar várias pérolas. Não as partilho todas, mas algumas fazem-me pensar e acho que merecem uma reflexão "audível", como este texto de 2013 sobre a pergunta mais importante das nossas vidas.
E ao contrário do que seria de esperar, o autor deste texto não defende que a pergunta mais importante das nossas vidas seja "o que quer da vida" ou "quais são os seus sonhos" ou mesmo "o que quer ser quando for grande". Para Mark Manson, a pergunta mais importante é "o que está disposto a suportar na vida".
O autor explica que acalentou durante vários anos o sonho de ser estrela de rock, cantar num palco frente a milhares de pessoas e viajar pelo mundo. Mas foi sempre adiando esse sonho até perceber que, na realidade, ele nunca quis, efectivamente, ser uma estrela rock simplesmente porque não estava disposto a fazer todos os sacrifícios necessários para alcançar esse sonho. O que é que isto tem a ver com poupança?
Quantas vezes já pensou que precisava de poupar mas fez uma compra por impulso ou simplesmente deixou cair a sua resolução em saco roto? Eu sei que já o fiz várias vezes. Nos últimos tempos usei o meu IRS para liquidar o cartão de crédito e "jurava" que não voltava a endividar-me, mas não ir de férias, não viajar, deprime-me e lá vai mais uma viagem para o cartão e logo se vê quando se paga. Uma irresponsabilidade, eu sei. No fundo, como diz Mark Manson, eu não estava disposta a suportar a dor necessária para conseguir o meu objectivo último: ficar livre de dívidas.
E confesso que não estou certa de estar. A verdade é que existem muitas coisas das quais não quero abdicar e começar uma pós-graduação nesta altura não é, de todo, financeiramente, a melhor ideia. Mas não estou disposta a adiar o meu sonho durante dois anos, a pensar que, no próximo ano, vou conseguir ter dinheiro para pagar a pós-graduação. Quanto estou eu disposta a sofrer para alcançar a independência financeira, a todos os níveis? Essa é uma questão à qual nem eu consigo responder agora. Mas sei que me vai custar muito não ir de férias este ano com os meus amigos, e que vou tentar até à última conseguir arranjar uma folga monetária para conseguir ir.
Fora isso, já cortei no máximo em que podia cortar e ando à procura de um segundo emprego e de outras fontes de rendimento que me permitam pagar as dívidas e respirar um pouco. Que mais estou eu disposta a fazer para conseguir os meus objectivos? Essa é uma pergunta cuja resposta estará sempre em mutação.
E o leitor, que sacrifícios está disposto a suportar para alcançar os seus objectivos ou cumprir o seu sonho?
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